Jardim-CE
Jardim faz parte do estado do Ceará. Encontra-se na Região Metropolitana do Cariri.
O Município de Jardim era conhecido como Barra do Jardim e Santo Antonio do Jardim, uma antiga região indígena e, logo depois, palco de memoráveis acontecimentos históricos. As origens do Município de Jardim são remontadas desde o século XVIII, tendo como referência o fazendeiro Bento Moreira, casado com D. Sebastiana de Oliveira onde moravam no sítio chamado de corrente de Ramalho. Havia outro colono, pobre e consequentemente sem identificação no sítio cabeça do negro. Sua localização foi bastante isolada, de modo que somente por ocasião das grandes estiagens atrairia maiores investidores. Com a grande seca de 1791 á 1793, chegou a Jardim o primeiro imigrante Padre João Bandeira de Melo, vindo de flores acompanhado de índios e negros onde catequizava os pajeús. Era um homem muito valente e o que fez pela primeira vez foi promover o plantio de alguns cereais e edificar uma casa de barro, no local em que existe a residência do Padre Antônio Manuel de Sousa, que ainda hoje é conservada como monumento histórico. Logo em seguida ele construiu uma capela para Bom Jesus, que assim atraiu para grande número de pessoas, e suas casas foram se agrupando junto à capela. Oito anos depois, o fundador de Jardim dirigiu-se para Piancó, na Paraíba, seguindo rumo ao Piauí, passando em Porteiras, em cuja capela celebrou uma missa no dia 6 de janeiro de 1821. Em 1799, o povoado recebeu a visita de Frei Vital de Frascarolo. Sua passagem ficou perpetuada num cruzeiro por ele erguido, no dia 29 de junho à frente da capela, onde foi transplantado no centro do Cemitério de São Migue e hoje está á frente da Matriz Santo Antônio de Jardim. Em 30 de agosto de 1814, o território foi desmembrado de Crato, quando passou a denominar-se Vila de Santo Antonio do Jardim. Deve-se sua evolução à categoria de vila, à grande rivalidade entre João Pereira Filgueiras, futuro capitão-mor do Crato, e o sargento-mor José Alexandre Corrêa Arnaud, descendente do povoador de Missão Velha, que saindo da cadeia do Icó, em 1812, conseguiu do Regente Imperial, pessoalmente, a criação do município e sua nomeação para o cargo de capitão-mor da nova vila. A emancipação política do município ocorreu em 3 de janeiro de 1816, onde, infelizmente não pÔde comparecer o capitão-mor José Arnaud, por ter falecido no seu regresso do Rio de Janeiro. Com seu falecimento, foi nomeado capitão-mor do Município de Jardim, Pedro Tavares Muniz. No ano de 1933, o município dividiu-se em dois distritos: Jardim e Macapá(atual Jatí). Desmembrado por força da Lei nº 1153, de 22 de novembro de 1951, foi criado um novo distrito denominado até hoje de Jardim-Mirim. No dia 24 de abril de 1916, foi realizada a fundação do Colégio 24 de Abril, pelo Juiz de Direito, Dr. Francisco de Lima Botelho. O Colégio funcionou ininterruptamente até meados de 1923, marcou o período áureo de Jardim. Em 16 de fevereiro de 1937, o município foi dotado de iluminação elétrica, por iniciativa do Prefeito Francisco Ancilon de Alencar Barros.
Encontra-se a uma latitude 07º34′57" sul e a uma longitude 39º17′53" oeste, estando a uma altitude de 652m (680 ou 620 ocupando o 10º lugar entre as demais cidades cearenses). A cidade está localizada no sul do Ceará, na microrregião do Cariri, distante cerca de 542,4 (536)Km da capital Fortaleza. Sua área é de 500,9 ( 457,034 ) Km2. Seus limites são: ao Norte com o município de Barbalha - CE, ao Sul com o estado de Pernambuco, ao Leste com Porteiras - CE, Jati - CE e Penaforte - CE e ao Oeste também com o estado de Pernambuco, cidade de Serrita - PE e Moreilândia - PE. Possui relevo formado por um planalto, representado pela Chapada do Araripe e por algumas serras entre as quais destacam-se Serra do Cruzeiro, Boca da Mata, Boa Vista e Serra do Portal. O ponto que mais chama atenção é o talhado do cruzeiro com 1100m de altitude. Sua vegetação é marcada pela presença da Floresta Nacional do Araripe, que cobre grande parte do município. O clima é caracterizado por temperaturas amenas que variam de 19 a 28°C. A temperatura especialmente nos meses de junho-julho pode descer a 15°C, exigindo que a população vista agasalhos apropriados.
História da cidade de Jardim Ceará - CE
Há
indícios de que as terras onde se encontra o atual Município de Jardim
foram habitadas, primitivamente, por índios da nação Cariri, encontrados
em todo o vale desse mesmo nome.Segundo uns, o primeiro homem civilizado a estabelecer-se na região foi um português de nome Jacinto, que teria emigrado da Bahia para escapar à seca que assolava aquele Estado. Outros afirmam que a povoação começou realmente com o padre baiano João Bandeira, que, tangido também pela seca, estabeleceu-se em 1792, com alguns escravos, na barra do rio que passou a ser conhecido como rio Jardim., por banhar um vale fértil que o padre teria chamado de "rico jardim", tal a impressão que lhe causara. Uma casa, uma capela e plantações foram ali feitas então, atraindo, juntamente com a fertilidade do vale, fugitivos das secas das regiões vizinhas. Assim se formou o povoado de Barra do Jardim, denominação modificada depois para Santo Antônio do Jardim, e, finalmente, para Jardim.
Verificaram-se na comuna acontecimentos relacionados com as Revoluções Pernambucanas de 1817 e 1824 e o movimento pela volta de D. Pedro I ao trono do Brasil. Com intenso apoio popular. o Município reconheceu o governo provisório instituído pelos revolucionários, tendo sido hasteada então na Câmara Municipal a bandeira republicana.
Origem do topnimo: O nome Jardim é oriundo do rio de mesmo nome, formado exatamente pelo encontro de dois pequenos rios, o Cravatáe o Barra da Mata.
Gentílico: jardinense
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Santo Antônio do Jardim, por provisãode 11-10-1814 e por ato provincial de 18-03-1842..
Elevado à categoria de vila com a denominação de Santo Antônio do Jardim, por alvará Régia de 30-08-1814, desmembrado de Crato. Sede na povoação de Barra do Jardim. Instalado em 03-011816.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Jardim, pela provincial nº 1829, de 03-091879.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede.
Pelo ato estadual de 12-09-1913, é criado o distrito de Macapá e anexado ao município de Jardim.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 2 distritos: Jardim e Macapá.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pela decreto-lei estadual nº 1114, de 30-12-1943, o distrito de Macapá passou a denominar-se Jati.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950 o município é constituído de 2 distritos: Jardim e Jati ex-Macapá.
Pela lei estadual nº 1153, de 22-11-1951, desmembra do município de Jardim o distrito de Jati. Elevado à categoria de município. Sob o mesmo decreto é criado o distrito de Jardimirim e anexado ao município de Jardim.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955 o município é constituído de 2 distritos: Jardim e Jardimirim.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-160.
Pela lei estadual nº 6818, de 04-12-1963, desmembra do município de Jardim o distrito de Jardimirim. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963 o município é constituído do distrito sede.
Pela lei estadual nº 8339, de 14-12-1965, o município de Jardim adquiriu extinto município de Jardimirim, como simples distrito.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1968 o município é constituído de 2 distritos: Jardim e Jardimirim.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 17-I-1979.
Pela lei municipal nº 111, de 27-05-1991, o distrito de Corrente e anexado ao município de Jardim.
Em divisão territorial datada de 1-VI-1968 o município é constituído de 3 distritos: Jardim, Jardimirim e Corrente.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Alteração toponímica municipal
Santo Antônio do Jardim para simplesmente Jardim alterado, pela lei provincial nº 1829, de 03-091879.
Fonte: IBGE
Criação do Povoado de Jardim, Ceará
localização do município de Jardim, no estado do Ceará
Até fins do século XVIII, era a ainda vila do Jardim um sítio inteiramente desconhecido. Segregado dos focos de população do Cariri pelo prolongamento da ponta meridional do Araripe, que o separa, por um deserto de cinco léguas, das freguesias de Barbalha e Missão Velha, não tinha participado da emigração que havia povoado estes lugares.
vista panorâmica de jardim
Até 1792, do local em que está hoje a cidade de Jardim, o
colono que mais se avizinhava era um pobre lavrador, com casa a meia légua, no
sítio Cabeça do Negro; e dos terrenos que foram hoje seu território, eram
habitados tão-somente a Serra do Mato, na falda oposta do Araripe, e os sítios de
criar, muito longe à margem do ribeiro Jardim, que unido ao Croatá, pode ser
considerado a origem do Riacho dos Porcos, e por isso, do Rio Salgado.
cruzeiro marco inicial da cidade
A famosa seca que nesse ano assolou os sertões do rio São
Francisco, determinou uma considerável
emigração de retirantes que, necessitados de abrigo, se encaminharam para
Jardim, que é o ponto mais contíguo daquele grande rio, onde havia terras
férteis para o plantio de cereais e de mandioca, mesmo no rigor da seca.
O primeiro imigrante que veio procurar abrigo em Jardim,
perseguido pela calamidade de 1792, foi o padre João Bandeira, homem inquieto e
empreendedor, que gostava de empreender longas e perigosas viagens pelos
vastos sertões nordestinos, muito afeito às lutas contra a natureza e contra os homens quase
bárbaros dessa parte do Brasil, e com reputação de valente, que o fazia
respeitado por toda parte.
Igreja matriz de Jardim
Na chegada, sua primeira providência foi promover o plantio
de alguns cereais e edificar uma casa de barro. A presença de um sacerdote
atraiu para o local muitas outras pessoas que construíram uma capela em frente
à casa do padre, no mesmo sítio em que se elevou depois o templo inacabado que
virou matriz. Em torno, edificaram mais algumas casinhas para residência de
novos moradores; e eis a origem da povoação, hoje Município de Jardim.
praça matriz de Jardim
A presença de um sacerdote era rara naquelas paragens e o povo sentia a necessidade de se prover de assistência espiritual, portanto, havia um arraial onde houvesse um sacerdote. O padre Bandeira, cansado da vida inativa que levava, passado um tempo, retirou-se como viera, isto é, com sua espada à cinta e acompanhado de um escravo; mas a vila já contava com outro sacerdote, que celebrando missa aos domingos, continuou a entreter a população.
fonte:http://cearaemfotos.blogspot.com
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