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HISTÓRIA DE NOVA OLINDA-CE

 

Nova Olinda é um município do estado do Ceará, Brasil. Localiza-se na microrregião do Cariri, mesorregião do Sul Cearense, Região Metropolitana do Cariri. O município tem cerca de 13 mil habitantes e 291 km². Foi criado em 1957. Wikipédia
Área: 284,4 km²
Elevação: 226 m
População: 14.586 (2012)
Tempo: 24 °C, vento L a 6 km/h, umidade de 77%

 

 

 

História

Nova Olinda-Igreja Sao Sebastiao-Foto-ThiagoLuizMacedo
Nova Olinda-Igreja Sao Sebastiao-Foto-ThiagoLuizMacedo
Primitivamente chamou-se Tapera, porém em razão do seu aspecto geográfico, um missionário pernambucano mudou o topônimo para Nova Olinda. Pertencente ao município de Santana do Cariri o então o povoado passou à categoria de distrito, por força do decreto nº 1.256, de 4 de dezembro de 1933. Nova Olinda foi elevada a município, pela lei nº 3.555, de 14 de março de 1957 e instalado no dia 26 de abril do mesmo ano.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação Nova Olinda ex-povoado, pelo decreto nº 1256, de 04-121933, subordinado ao município de Santana do Cariri. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Nova Olinda figura no município de Santana do Cariri. Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937. Pelo decreto-lei estadual nº 448, de 20-12-1938, o município de Santana do Cariri passou a denominar-se Santanópole. Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Nova Olinda, figura no município de Santanópole ex-Santana do Cariri. Pela lei estadual nº 1153, de 22-11-1953, o município de Santanópole volta a denominar-se Santana do Cariri. Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o distrito de Nova Olinda, figura no município de Santanópole ex-Santana do Cariri.

Elevado à categoria de município com a denominação de Nova Olinda, pela lei estadual nº 3555, de 14-03-1957, desmembrado de Santana do Cariri. Sede no antigo distrito de Nova Olinda. Constituído do distrito sede. Instalado em 14-06-1957. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.

Fonte: IBGE
 Também:
FOTO: João Paulo Maropo



A ORIGEM DA CASA GRANDE, A HISTÓRIA DE NOVA OLINDA.
De Aldeia de Água Saída do Mato a Fazenda de Tapera
Entre o final do século XVII e início do século XVIII, Portugal deu início no Nordeste brasileiro um novo ciclo migratório de povoamento colonial, conhecido como “ciclo do couro”. Garcia D’Avila aportou no litoral da Bahia, criando a Casa da Torre. Através do seu imediato Afonso Sertão, estendeu os seus limites até o Povoado da Mocha, hoje Município de Oeiras, primeira capital do Piauí. As matas foram derrubadas, os pastos foram introduzidos, os povos conquistados e habitações coloniais erguidas, dando início assim as sesmarias.
Na região do povo Kariri, o ciclo do couro passou às margens do caminho das águas do rio da família dos Kariu-Kariri, soerguendo na Aldeia de Água Saída do Mato, uma tapera encruzada, sem paredes laterais, para servir como rancho de comboieiro no pernoite e descanso dos vaqueiros e suas manadas.

De Fazenda Tapera a Povoado de Tapera
Devido à boa qualidade dos pastos, logo o ponto de apoio se transformou em fazenda. No lugar da tapera foi construída uma casa grande, uma capela e um cemitério. Em volta surgiram às primeiras casas dos moradores que aos poucos foi se transformando em povoado, o Povoado de Tapera.
De Povoado de Tapera a Vila de Nova Olinda
Um dia, de passagem pelo Povoado de Tapera, apareceu um frade capuchinho, vindo de Olinda, Pernambuco, em direção ao sertão dos Inhamuns e pediu hospedagem na Casa Grande, o que lhe foi negado. O frade então se arranchou debaixo de um pé de Tamburil que ficava entre a capela e o cemitério. Durante o dia, os moradores do povoado foram pedir ao frade que rezasse uma missa na capela e que desse um novo nome ao povoado que trouxesse progresso para o local, pois “tapera” era muito feio. O frade atendeu o pedido e rezou a missa, mas conta a lenda que na missa ele disse:
“De hoje em diante o nome desse povoado será “Nova Olinda” para que fique marcado à minha passagem”. E tirando as sandálias bateu uma na outra e jogou uma maldição: “Mas tapera foi e tapera há de ser até que se acabe sua quinta geração”.
A Vila de Nova Olinda
Nova Olinda atravessou do século XVIII para o século XX como vila, distrito de Santana do Cariri. Em 1932, a Fazenda Tapera com a Casa Grande, foi comprada por dois mil Contos de Reis pelo Sr. Neco Trajano, um comerciante de rapadura casado com Dona Santana, uma viúva da Vila de Nova Olinda. Tiveram 5 filhos, além dos dois que cada um trazia. Em 1933 Neco trajano faleceu, deixando Dona Santana viúva pela segunda vez.
A lenda dos Cajueiros
Quando Neco Trajano comprou a Fazenda Tapera nela tinha 5 cajueiros enfileirados, cada filho do casal adotou um cajueiro e quando eles foram ficando adultos cada um que morria, em seguida o cajueiro também morria.
De vila a cidade, a emancipação  
Em 1956 Antonio Jeremias Pereira, casado com uma filha de Neco Trajano, tornou-se vereador por incentivo do povo da vila de Nova Olinda. Em um momento conturbado foi convidado a apaziguar os ânimos locais, aceitando se prefeito de Santana do Cariri. Ele aceitou a condição que o povo de Santana do Cariri apoiasse a emancipação política da vila de Nova Olinda. Em 14 de Abril de 1957, Nova Olinda foi emancipada como mais um novo município cearense.
A Casa Grande: de ruína a sua restauração
Na década de 70, a Casa Grande foi abandonada e se transformou em ruínas, dela, contavam-se lendas de botijas enterradas, da alma do frade que vagava nas horas mortas da noite, arrastando suas sandálias com um candeeiro na mão.
Em 1983 Alemberg Quindins, neto de Neco Trajano e sua esposa Rosiane Limaverde, iniciaram uma pesquisa de campo coletando lendas regionais para comporem músicas que resgatassem a pré-história do homem Kariri. Em suas andanças pelo sertão, além de várias lendas, foram desvendando todo um acervo arqueológico.
Em 1992 resolveram restaurar a velha casa grande da Fazenda Tapera, para dentro, funcionar o Memorial do Homem Kariri. A casa foi tombada como património histórico municipal e foi criada a Fundação Casa Grande.


Figuras de Nova Olinda
As figuras típicas das cidades do interior, no Brasil e no mundo, são originais por possuírem uma leitura própria do contexto em que vivem, conectadas a fragmentos universais. Suas variações traduzem rumos e indicam setas a serem seguidas. Conheçam-as... Elas é que realmente são as cidades!

Raciado
Dona Toinha
Expedito Seleiro
Téteu
Astral
Xavier do Fórro










 fonte:http://www.fundacaocasagrande.org.br

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